A UNIÃO EUROPEIA E AS QUESTÕES DE AJUDA HUMANITÁRIA – QUE FUTURO?

Dos muitos problemas que a União Europeia enfrenta, a crise dos refugiados, é infelizmente um dos mais graves. A falta de concordância entre os países membros da União Europeia em relação a este dilema tem gerado controvérsia e tem colocado uma enorme pressão, não só nas políticas de migração e asilo, mas também em alguns Estados-Membros da União Europeia que são porta de entrada de muitos destes migrantes, e tomo como exemplo a Grécia e a Itália. 

Um dos valores principais da União Europeia é precisamente o respeito pelos direitos humanos, mas o controlo fronteiriço por parte de Estados-Membros, como por exemplo a Hungria, tem vindo a enfraquecer esse lema e até a criar diferenças entre os Estados-Membros. A pandemia Covid-19 não veio de todo ajudar na resolução desta crise, aliás veio ameaçar ainda mais os objetivos de ajuda ao desenvolvimento. Isso viu-se no recente incêndio em Lesbos na Grécia, que acabou por desalojar milhares e evidenciar ainda mais a falta de acesso a sanitários, água, comida e medicamentos. 

As perguntas no fundo são sempre as mesmas: como é que a União Europeia pode lidar com a chegada de requerentes de asilo e de migrantes à Europa? No fundo apenas se pode esperar que os Estados-Membros tenham consciência e juntos, tomem medidas concretas a ser cumpridas uniformemente. São vidas humanas que estão em jogo, é a dignidade humana. Nenhum Estado-Membro pode atuar sozinho e hoje mais do que nunca precisamos de uma União Europeia unida e forte.

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