Tratados da União Europeia
Tratados
Da União Europeia
Os Tratados da União Europeia
são os textos jurídicos mais importantes a que chamamos direito primário.
São acordados por unanimidade
por todos os Estados Membros e ratificados ou por via parlamentar ou por via
referendária de acordo com as normas constitucionais de cada Estado.
O primeiro Tratado foi
assinado em 1951 entre os seis países fundadores (França, Alemanha, Itália,
Bélgica, Luxemburgo e Holanda) e que criou a CECA, retirando ao controlo
nacional a produção destes materiais que à data eram essenciais ao esforço de
guerra.
1957: os mesmos seis países
assinam o Tratado de Roma que criou a CEE (Comunidade Económica Europeia)
prevendo uma união aduaneira e a criação do Mercado Único. Na mesma data e
também em Roma assina-se o tratado que criou a EURATOM, a Comunidade Europeia
da Energia Atómica.
1965: em Bruxelas assina-se o
Tratado de Fusão, que funde na mesma instituição os órgãos das três comunidades
então existentes (CECA, CEE e EURATOM);
1987: entra em vigor o Ato
Único Europeu. O Ato Único reforça os poderes do Parlamento Europeu e aprova as
medidas necessárias ao estabelecimento do mercado interno até 1992;
1992: assina-se em Maastricht
o tratado da União Europeia assente em três pilares: a Comunidade Europeia, a
PESC e a cooperação JAI (Justiça e Assuntos Internos). Este tratado lança a
União Económica e Monetária, que levaria à criação da moeda única, o euro e
define o conceito de cidadania europeia;
1997: Tratado de Amesterdão
que reforça a proteção dos direitos fundamentais e cria uma política
comunitária do emprego, comunitariza parte das matérias do domínio da justiça e
dos assuntos internos e aumenta os poderes do Parlamento Europeu;
2001: Tratado de Nice, que
criou as condições para o grande alaragamento que viria a acontecer em 2004.
Foram alteradas a dimensão e a composição da Comissão Europeia, a ponderação
dos votos do Conselho, o alargamento das votações por maioria qualificada e
facilitadas as cooperações reforçadas;
2007: Assinado em dezembro de 2007, entrou em
vigor a 01 de dezembro de 2009. Alterou o Tratado da União Europeia e o Tratado
da Comunidade Europeia que passou a designar-se TFUE (Tratado Sobre O
Funcionamento Da União Europeia). As regras de funcionamento da União eram no
essencial as mesmas desde a sua criação. O Tratado de Lisboa procurou assim
agilizar os mecanismos de decisão. As principais inovações foram reduzir os
casos em que o Conselho deliberava por unanimidade, reforçar os poderes
legislativos do parlamento europeu e duplicar os casos em que é necessária a
co-decisão, reforçar os poderes dos parlamentos nacionais através do novo
mecanismo do controlo da subsidiariedade, criar iniciativa entre os cidadãos,
ou seja, os cidadãos passam a propor leis, consagrar a carta dos direitos
fundamentais com valor jurídico vinculativo e criar cargo do alto representante
dos negócios estrangeiros e segurança que é simultaneamente vice-presidente da
comissão acabando com a diplomacia paralela entre conselho e comissão.
O Tratado de Lisboa, tinha como principal objetivo dar mais
poder a instituições europeias, como a Comissão, Conselho e o Parlamento,
ou seja tornar a União Europeia mais
federal, mas teve uma baixa eficácia, e a sua tentativa de melhorar a defesa da
União Europeia falhou, pois a Comissão e o Conselho continuam a ter muitos poderes
em relação ao Parlamento, que é o único órgão democrático da União Europeia.
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